O que é um acorde suspenso?
Você já ouviu falar no acorde suspenso? Apesar de ouvirmos pouco sobre esse assunto, ele se faz muito importante para os músicos.
Ele nada mais é do que um acorde que antecede a dominante e que possui em sua estrutura fundamental, quarta justa, quinta justa e sétima menor.
Ou seja, trata-se de uma tétrade.
Ele pode se apresentar em posição fundamental, ou em primeira, segunda e terceira inversão, como qualquer outra tétrade que conhecemos.
Se você, assim como muitos músicos ainda não conhece o acorde suspenso á fundo, não se preocupe.
Continue nos acompanhando e saiba mais sobre ele!
Como o acorde suspenso é estabelecido?
Estabelece-se por suspender a formação do trítono, retardando este ponto característico típico das estruturas que possuem tríade maior e sétima menor, normalmente de origem dominante.
Embora o acorde em questão seja qualificado como dominante em metodologias variadas do estudo do jazz, a estrutura de uma tétrade suspensa pode ocupar o espaço em uma progressão harmônica onde estaria o grau subdominante.
Na prática
Agora que você já sabe o que é um acorde suspenso, chega o momento de saber como usá-lo na prática.
Veja alguns exemplos:
O acorde V7sus4
Este tipo de acorde, conhecido como dominante com quarta suspensa, geralmente aparece substituindo o segundo cadencial.
Observe a seguir:
II | V | I |
Dm7 | G7 | C7M |
Nessa cadência, poderíamos colocar o acorde G7sus4 no lugar de Dm7, ficando com:
G7sus4 | G7 | C7M |
Agora, vamos entender o motivo disso:
Notas de G7sus4: G, C, D, F.
Notas de Dm7: D, F, A, C.
Repare que esses dois acordes possuem 3 notas em comum: C, D e F.
Como eles são muito parecidos, um pode exercer a função do outro. Isso ocorre principalmente pelo fato do trítono do acorde G7 ter sumido ao retirar sua terça (ele era formado pelas notas F e B, mas agora retiramos o B).
Portanto, o acorde G7 descaracterizou a sua função de dominante ao ficar suspenso (G7sus).
Além disso, é interessante observar que a nota B não pertence ao acorde Dm7, então sua retirada possibilitou uma semelhança ainda maior entre esses acordes.
Acorde suspenso sobre a relativa menor
Outra utilização bastante comum para o acorde suspenso é em cima do acorde de sexto grau do campo harmônico maior.
Nesse contexto, o sexto grau é a relativa menor.
Quando suspendemos a relativa menor, sentimos um impacto interessante, pois a sensação de “acorde menor” é muito necessária neste tipo de acorde, pois é nesse formato que ele possui muita afinidade com a tônica principal (I grau).
Esse tipo de impacto de suspendê-lo costuma ser explorado quando se deseja manter a música sem repousar, dando uma ideia de “continuidade”.
Por exemplo:
IV | V | VI |
A | B | C#m |
Neste caso, o acorde B é o quinto grau (dominante) dessa tonalidade.
Depois dele, está sendo tocado um acorde de resolução (é o VI grau, a relativa menor, função tônica).
Ao deixarmos esse C#m suspenso, não teríamos mais esse mesmo repouso, veja:
A | B | C#sus4 |
Geralmente, quando se acrescenta a quarta neste caso, costuma-se tocar, logo em seguida, o acorde C# (ou seja, o acorde VI maior), devido ao efeito cromático gerado pela quarta justa seguida da terça maior.
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