
O estudo da música
Executar uma canção é somente o produto de um processo e, muitas vezes, na ansiedade de chegar nesse resultado, atropela-se o método e deixa-se de aprender muitas coisas importantes
Sempre é preferível abordar o “estudo da música” em vez de “estudo do teclado” ou “estudo do piano”. É claro que a ferramenta são as teclas brancas e pretas dispostas horizontalmente, acessíveis às duas mãos, mas seria diminuir – e muito – o assunto “música”, reduzindo-o a apenas “tocar notas”. Infelizmente, não são poucas as pessoas que passam uma vida inteira ignorando a variedade de possibilidades, de caminhos, de coisas que passam despercebidas. É como uma pessoa que não enxerga as cores, mas apenas tons de cinza, e se satisfaz com isso, acreditando que o mundo é preto e branco.
Os assuntos importantes nesse processo do “estudo da música” são:
– Percepção: treino auditivo, já que a música é invisível;
– Leitura: é a forma visível como a música é transmitida;
– Técnica: os dedos são necessários para produzir som. Como usá-los?;
– Harmonia: como combinar as notas e entender os acordes e cifras, sem ter que, necessariamente, decorá-los;
– Improvisação: criar sonoridades, melodias, frases, sempre no momento, em tempo real;
– Composição: criar e registrar uma ideia musical com possibilidade de repeti-la;
– Arranjo: criar ou modificar harmonias, criar contrapontos, escrever para outros instrumentos;
– Prática em conjunto: tocar com outras pessoas em duo, trio, quarteto e outras formações musicais;
– Conhecimento de tecnologia: utilizá-la como poderosa ferramenta , e não como “muleta”.
Se qualquer um destes tópicos não constar da formação musical de um indivíduo, infelizmente ele é um músico “incompleto” e, em algum momento, surgirão situações em que perceberá, na prática, essas limitações.
Alguns outros assuntos mais subjetivos, obtidos nesse estudo:
– Autoafirmação;
– Autorrealização;
– Trabalho em equipe;
– Superação de dificuldades, perseverança;
– Abstração de sentimentos;
– Hobby;
– Memória auditiva;
– Memória motora;
– Coordenação motora;
– Raciocínio lógico;
Procure pensar nesses diversos caminhos e observe se você tem utilizado atalhos para fugir de assuntos que, talvez, não domine bem. Tente controlar sua ansiedade. Tire o pé do acelerador e pise no freio. Procure trabalhar esses tópicos dividindo, separando, aprofundando e desenvolvendo cada um deles. Isso é perfeitamente acessível a qualquer pessoa. E não estou falando para profissionais apenas ou em alto nível de estudo.
Muito bom, tudo na vida existe um processo com diversas etapas (degraus) e pra chegar próximo a perfeição tem que trilhar o caminho da maneira certa. Parabéns pelo artigo.
[…] isso, estude os campos harmônicos e pratique-os bastante, para manter-se fiel na hora de improvisar. Ainda, não apenas decore harmonias: brinque com elas, […]
[…] evitar se perder por conta da complexidade ou das variações rítmicas, uma forma de estudos que é bastante válida é treinar as partes da música separadamente. Assim, quando cada parte […]